A TV Cultura tem um plano de digitalização de seu acervo em 24 meses, a partir do próximo semestre. Segundo o presidente da Fundação Padre Anchieta, mantenedora da emissora pública, Marcos Mendonça, essa é a prioridade da casa nesta gestão.
Segundo Gilvani Moletta, diretor técnico da TV Cultura, no final de 2015 a emissora terminou a migração da infraestrutura, estando agora apta para a digitalização do acervo. "O que precisamos agora é de capital humano", explica Moletta. Não se trata apenas de contratação de pessoal, mas de pessoal qualificado para trabalhar com tecnologias que já foram extintas há muitos anos, como a gravação em U-Matic. Segundo o diretor técnico, esse trabalho custará aproximadamente R$ 6 milhões, o que já está previsto no orçamento da emissora.
O trabalho traz uma perspectiva de novas receitas, com a exploração comercial deste acervo. O orçamento, no entanto, não abriga o trabalho de liberação dos direitos conexos das obras, regidas por contratos que não previam o uso em outras plataformas de distribuição e, em muitos casos, nem mesmo a comercialização para outros canais de TV ou a exportação.
Acervo ampliado
Segundo Marcos Mendonça, a TV Cultura tem interessa em trabalhar na digitalização dos acervos da extinta TV Tupi e da antiga TVE Brasil. O primeiro pertence à Cinemateca e, segundo Mendonça, ainda não está digitalizado. O da TVE pertence à EBC, que herdou os bens públicos da União que estavam sob a guarda da Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), que coordenava a TVE Brasil.
Segundo Mendonça, a TV Cultura vinha negociando com ambos os órgãos esse trabalho antes da mudança de governo.
Fonte: http://convergecom.com.br/telaviva/13/06/2016/tv-cultura-trabalha-para-digitalizar-acervo-em-24-meses/?noticiario=TL